domingo, 5 de maio de 2013

Mais que respirar

Às vezes, precisamos ver sair um pouco de sangue no nosso corpo pra lembrarmos que estamos vivos. Sentir aquele gosto amargo de baixo da língua que nos faz imaginar ser o gosto desse sangue.
Às vezes, precisamos sentir dor pra lembrar que somos capazes de superá-la. Sentir os olhos arderem ao ser lubrificado por lágrimas constantes.
Às vezes, só queremos existir, e outras queremos viver.
Me pergunto quando é que estamos mais dispostos a existir, e quando à viver.
Hoje eu acordei existindo, mas mudei o meu dia para viver.
E é assim que eu busco a vida. Busco mais que a existência.
Vendo meu sangue, ou não, sentindo dor, ou não, eu não quero sobreviver. Eu quero mais é viver. Sorrindo ou chorando, pouco importa, eu quero mais é viver, até porquê, por mais que os olhos ardam com as lágrimas da noite, meus lábios adocicam ao amanhecer sorrindo e influenciando a vida.
Às vezes, só é preciso mais que existir.
O sempre, é sempre viver.