segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Páginas envelhecidas...


Tv em preto em branco, a radionovela, o vestido preto de bolinhas brancas...
As discotecas ao som de Elvis, as serenatas de amor, os carros à manivela...
A vitrola, o pião, a boneca de pano...
Mas que nostalgia! Que saudade do diário da infância querida, da juventude eterna, de brincar na rua sem medo, pular corda, empinar pipa, brincar de pique-esconde...
Saudade da paz social, das conquistas brasileiras, dos atos de amor, da fraternidade...
Olhar para o que já se passou numa sociedade é como folhear um velho livro de histórias de aventura e deparar com a surpresa da mudança decorrente. Como pode hoje o mundo ter perdido tanto de seu brilho, inocência, vida? Como pode nossas crianças hoje não poderem brincar na rua, pois os motoristas não sabem mais o que é tolerância? Se não há segurança nem mesmo na calçada de casa?
Saudade de quando casas eram construídas em pequenas vilas onde tudo se dividia, tudo se unia, tudo se conquistava... Saudade da união que o ser humano fazia questão de ter e hoje tornou-se "ridículo" perante a sociedade infame.
Hoje o que tenho em mãos são apenas páginas envelhecidas de sonhos de um lugar melhor, de uma vida melhor... Não sonho em dinheiro, apesar de necessário ele não é tudo; quero apenas o sorriso inocente de uma criança pulando amarelinha, as gargalhadas saudáveis dos garotos jogando futebol, da atenção da professora de matemática ensinando um pequenino fazer uma continha.
Quero não por um instante, mas por toda uma juventude tornar essas páginas envelhecidas num plano de vida e num exemplo de conquistas e sonhos. 

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